Neste webinar da EU-CAYAS-NET, explora o papel da equidade, da diversidade e da inclusão na remodelação dos cuidados oncológicos para uma prestação de cuidados mais inclusiva. https://www.youtube.com/watch?v=xy_m7zl5W6E Apesar dos avanços nos cuidados oncológicos, as disparidades no acesso e na qualidade continuam a prejudicar os grupos marginalizados. A equidade, a diversidade e a inclusão (EDI) nos cuidados de saúde são fundamentais para abordar estas desigualdades e garantir cuidados compassivos e inclusivos para todos os sobreviventes. O nosso webinar explorou estas questões prementes, centrando-se nas barreiras à inclusão, no seu impacto nos sobreviventes e em soluções acionáveis.
O estado do EDI nos cuidados oncológicos
O EDI procura criar sistemas de cuidados de saúde culturalmente competentes que respondam às necessidades de diversas populações. No entanto, muitos jovens sobreviventes de cancro relatam exclusão e preconceito durante os cuidados que recebem. Um inquérito recente revelou que 41% dos jovens doentes sentem que os recursos de cuidados de saúde não são inclusivos e 16% foram vítimas de linguagem discriminatória. Factores como o estatuto socioeconómico, a etnia, a orientação sexual e as barreiras culturais amplificam ainda mais estes desafios. Muitos sobreviventes enfrentam o estigma, o apoio inadequado e a falta de representação na liderança dos cuidados de saúde, perpetuando as lacunas nos cuidados.
Barreiras aos cuidados inclusivos
Os obstáculos sistémicos continuam a impedir a prestação de cuidados equitativos, nomeadamente
- Normas culturais: Os tabus em torno da saúde mental e da sexualidade desencorajam o debate aberto.
- Falta de formação: Os prestadores de cuidados de saúde não estão muitas vezes preparados para responder às necessidades específicas dos diversos doentes.
- Lacunas na liderança: Os decisores dos cuidados de saúde não reflectem frequentemente a diversidade das populações que servem.
Estas barreiras afectam desproporcionadamente grupos sub-representados, como os sobreviventes LGBTQ+, que frequentemente se deparam com julgamentos ou ignorância sobre as suas necessidades de cuidados de saúde, isolando-os ainda mais.
Caminhos para cuidados mais inclusivos
1. Formação e educação
É essencial integrar o EDI na formação em cuidados de saúde. Os programas devem dotar os prestadores de competências culturais, capacidades de comunicação e estratégias para prestar cuidados centrados no doente. As abordagens colaborativas e interdisciplinares que envolvem médicos, enfermeiros e assistentes sociais podem promover práticas mais inclusivas. A nossa iniciativa centra-se na melhoria da comunicação, no apoio a doentes neurodiversos e linguisticamente diversos e na promoção da inclusão em todos os contextos de cuidados.
2. Representação e colaboração
A liderança dos cuidados de saúde deve refletir a diversidade dos doentes. A co-criação de recursos com sobreviventes e grupos minoritários pode melhorar a acessibilidade e a confiança, ao mesmo tempo que responde a necessidades específicas.
3. Políticas inclusivas
Os decisores políticos devem dar prioridade ao EDI, introduzindo kits de ferramentas de competência cultural, recolhendo dados sobre disparidades nos cuidados de saúde e defendendo reformas que garantam cuidados equitativos para todos os sobreviventes. O EDI é essencial para a construção de um sistema de cuidados de saúde compassivo e inclusivo. Ao abordar as disparidades, promover a competência cultural e implementar políticas inclusivas, podemos criar um futuro em que todos os sobreviventes se sintam respeitados e apoiados. Vê o webinar completo para saberes mais e juntares-te ao movimento em prol de cuidados oncológicos equitativos:https://www.youtube.com/watch?v=xy_m7zl5W6E



