Apresento-te Ketiona Malolli, uma embaixadora da EU-CAYAS-NET de 29 anos. Diagnosticada com osteossarcoma aos 13 anos de idade, Ketiona enfrentou os desafios de cabeça erguida, emergindo com um espírito inabalável e uma dedicação a ajudar os outros.
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Qual é o teu nome? Que idade tens? De onde és?
O meu nome é Ketiona Malolli, os amigos e a família chamam-me Katie. Tenho 29 anos de idade. Sou originária da Albânia, mas vivo em Atenas desde os 3 anos de idade.
Qual é o teu diagnóstico?
Foi-me diagnosticado um osteossarcoma no braço esquerdo, que foi amputado devido a uma recidiva, e mais tarde tive uma metástase no pulmão.
Como e quando soubeste do teu diagnóstico?
Quando tinha 13 anos, sentia dores no braço, mas não tinha ido ver o que se passava. Assim, alguns meses mais tarde, quando tinha 13 anos e meio, tive uma pequena fratura óssea no braço e foi assim que descobrimos.
O que gostarias de realizar no âmbito da EU-CAYAS-NET?
Defende os direitos dos sobreviventes, envolve-te na PPIE e adquire mais conhecimentos para informar melhor as pessoas sobre o cancro e a sobrevivência e eliminar o estigma.
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O que mudou na tua vida desde o diagnóstico de cancro?
A minha vida tem sido totalmente diferente desde o meu diagnóstico. O meu corpo está diferente por causa da amputação e tenho alguns efeitos tardios. Por outro lado, sinto-me muito mais forte, mais resistente em qualquer situação e foi-me oferecida uma grande oportunidade de conhecer outros jovens sobreviventes e de ter um sentimento de pertença, o que agradeço muito.
Se te encontrasses contigo próprio no dia em que te foi feito o diagnóstico, o que dirias ao teu "eu" mais novo?
Dir-lhe-ia que confio nela para ultrapassar qualquer situação difícil e que depois desta grande tempestade virão muitos dias melhores. Viverá muitos momentos bonitos com as pessoas que ama e nada a poderá impedir de fazer as coisas que realmente quer.
Tenta descrever-te em 3 frases
Sou uma pessoa muito compassiva, que tem uma forte vontade de prestar qualquer tipo de ajuda aos outros, ouvindo, cuidando e agindo por eles e, ao mesmo tempo, por mim própria. Sou uma pessoa aventureira, envolvo-me em diferentes tipos de actividades e adoro viajar. Por último, sou uma pessoa extrovertida e muito extrovertida.
O que fazes nos teus tempos livres?
Tento viajar muito, corro e tiro muitas fotografias. Até já fiz duas exposições fotográficas.
Qual foi o melhor conselho que já recebeste?
Ao ajudares os outros, ao mesmo tempo ajudas-te a ti próprio e ao ajudares-te a ti próprio, ao mesmo tempo podes ajudar os outros. Mas, às vezes, só precisas de descansar e de férias.
Qual é o teu lema preferido na vida?
Há sempre uma pequena luz dentro de ti. Fica com essa pequena luz, por mais pequena que seja, e um dia ela tornar-se-á maior e mais brilhante.
O que te define como pessoa?
A minha atitude otimista na vida, a minha energia positiva e a minha empatia. Talvez também o meu sorriso quase permanente!
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Como é que lidas com as dificuldades?
Já passei por situações dolorosas muitas vezes e o que aprendi foi a aceitar até as minhas emoções mais difíceis, como a dor, o medo, a raiva, a desilusão ou até o sentimento de inutilidade. Sei que a vida é como um eletrocardiograma, às vezes podes estar em alta e outras vezes em baixa. Felizmente, não é uma linha reta.
Que lição foi mais difícil de aprender para ti?
Que não posso mudar o mundo e salvar toda a gente. Quando era jovem, tinha uma forte vontade de mudar o mundo inteiro e torná-lo um lugar melhor para viver, mas agora sei que isso não é possível. O que eu posso mudar, no entanto, é o meu próprio eu e tornar-me melhor, por isso, talvez se todos fizessem isso, o mundo tornar-se-ia melhor automaticamente.
Qual é a aplicação que mais utilizas no teu telemóvel?
Spotify, sou viciado em música e podcasts.



