Nesta entrevista, Lucie Strublova partilha a sua experiência com um tumor neuroendócrino, reflectindo sobre a forma como o seu diagnóstico, aos 10 anos, moldou a sua perspetiva de vida. Através da sua história, Lucie sublinha a importância do apoio da família, da resiliência e de encontrar um objetivo ao ajudar os outros, oferecendo uma visão profunda sobre como ultrapassar as adversidades com um sorriso.
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Qual é o teu nome? Que idade tens? De onde és?
O meu nome é Lucie Štrublová, tenho 32 anos, venho de uma cidade chamada Znojmo, que fica no sul da República Checa
Qual é o teu diagnóstico?
O meu diagnóstico é um tumor neuroendócrino, localizado no fígado e nos gânglios linfáticos adjacentes.
Como e quando soubeste do teu diagnóstico?
Descobri o meu diagnóstico quando tinha 10 anos, mas já tinha problemas de saúde desde os 6 anos. Fiquei muito magra, vomitava, a minha pele ficava vermelha e não conseguia fazer as minhas actividades normais.
O que é que a experiência do cancro te ensinou?
A minha experiência com o cancro ensinou-me a apreciar a vida.
O que mais te ajudou durante o processo de tratamento?
O que mais me ajudou foi o apoio da minha família, o excelente pessoal do hospital, a música, a leitura e a partilha com outros doentes.
O que mudou na tua vida desde o diagnóstico de cancro?
Tudo mudou, toda a minha vida, a minha perceção da vida e a minha visão do mundo.
Se te encontrasses contigo próprio no dia em que te foi feito o diagnóstico, o que dirias ao teu "eu" mais novo?
Abraçava-me com força e dizia-lhe que não se preocupasse, que tudo na vida acontece por uma razão.
O que gostarias de realizar no âmbito da EU-CAYAS-NET?
Como sou um líder nacional de doentes, gostaria de ganhar experiência e aprender as melhores práticas que podem ser aplicadas no nosso país. E ajuda a amplificar a voz dos doentes.
Tenta descrever-te em 3 frases.
Sou uma mulher que ama a vida, adoro rir e passar tempo com pessoas que enchem o meu coração de amor. Quando decido fazer alguma coisa, vou até ao fim. Sou teimosa.
Quais são as tuas realizações até à data (formais ou informais, educação ou passatempo)?
A minha maior realização na vida é a minha filha Anita. Também me orgulho de ser cofundador da associação de doentes "Together to Smile". Tenho uma licenciatura em Terapia Nutricional e trabalho como investigadora e terapeuta nutricional com doentes oncológicos pediátricos e adolescentes, com especial incidência nos que estão a ser submetidos a tratamentos oncológicos na puberdade.
O que fazes nos teus tempos livres?
No meu tempo livre, gosto da minha família, dos meus amigos, de dançar e de viajar.
Em que é que precisas/queres ter um curso intensivo?
Na língua inglesa :))
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Qual é o melhor conselho que já recebeste?
Quando estiveres a passar por um inferno, continua.
Qual é o teu lema preferido na vida?
Só com o coração é que vemos corretamente. O que é importante é invisível aos olhos. - Antoine de Saint-Exupéry
O que é que te faz brilhar instantaneamente?
Quando vejo um sorriso.
O que fazes para relaxar?
Dançar, estar na natureza, ler livros e tomar um banho quente.
O que te faz continuar todos os dias?
Amor pela vida e fé nas actividades que realizo.
Pelo que é que te sentes mais grato na tua vida?
A maior gratidão que sinto é pela vida em si, por cada dia vivido, pelo tempo passado com a minha família e amigos, pelo trabalho que amo.
O que é que faz com que a tua vida tenha um objetivo?
Graças à minha filha, graças ao meu trabalho na associação de doentes e a ajudar os outros.
Como é que lidas com as dificuldades?
Tenho verdadeiros amigos na minha vida que me apoiam. Ajuda-me a partilhar com outros doentes recuperados da nossa organização.
Há alguns sítios Web que visitas diariamente?
YouTube, o sítio Web da nossa associação de doentes.
Qual é o livro que recomendarias definitivamente para ler?
Recomendo-te a leitura do livro "The Star Rover" de Jack London.
E isto é o que tens absolutamente de saber sobre mim também:
Ajudar e apoiar os outros dá um sentido profundo à minha vida.



